A paulistana Michele Guimarães Lopes, 26, orgulha-se de ser dona de uma empresa de carga e descarga de mercadorias com faturamento mensal de cerca de R$ 30 mil. Mas o cálculo de suas finanças vem acompanhado por outra matemática bem mais complexa – e dramática: “Estou limpa do crack há dezessete dias”. Michele é o retrato do que já foi refletido em consultórios e constatado em estatísticas: o crack, definitivamente, deixou de ser uma droga associada a moradores de rua no fim da linha do consumo de drogas. É cada vez mais consumido por jovens de classe média.
Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mostra que, de 2006 para 2008, houve um aumento de 139,5% no número de usuários com renda acima de R$ 9 mil (vinte salários mínimos). Os viciados de famílias com situação financeira mais estável já correspondem a 15% do total de atendimentos do serviço de saúde estadual.
Mas por que o crack saiu da marginalidade? Na opinião de Guilherme de Catu Almeida, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal de São Paulo, uma das causas é que os jovens estão experimentando drogas cada vez mais cedo, ainda na adolescência. ”Isso aumenta a possibilidade de se conhecer o crack entre 20 e 30 anos, já que essa droga é o último estágio do usuário, quando ele não está mais satisfeito com os efeitos da cocaína”, explica o delegado.
Outros motivos: o preço e a potência do crack, droga que tem maior chance de viciar o usuário. Enquanto com R$ 15 dá para conseguir um grama de cocaína, pelo mesmo valor se compram até três pedras de crack.
Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mostra que, de 2006 para 2008, houve um aumento de 139,5% no número de usuários com renda acima de R$ 9 mil (vinte salários mínimos). Os viciados de famílias com situação financeira mais estável já correspondem a 15% do total de atendimentos do serviço de saúde estadual.
Mas por que o crack saiu da marginalidade? Na opinião de Guilherme de Catu Almeida, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal de São Paulo, uma das causas é que os jovens estão experimentando drogas cada vez mais cedo, ainda na adolescência. ”Isso aumenta a possibilidade de se conhecer o crack entre 20 e 30 anos, já que essa droga é o último estágio do usuário, quando ele não está mais satisfeito com os efeitos da cocaína”, explica o delegado.
Outros motivos: o preço e a potência do crack, droga que tem maior chance de viciar o usuário. Enquanto com R$ 15 dá para conseguir um grama de cocaína, pelo mesmo valor se compram até três pedras de crack.
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