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domingo, 3 de abril de 2011

Teóloga e ateia, professora afirma que Deus tinha uma esposa


Sua tese é baseada em provas arqueológicas sobre a existência de uma deusa da fertilidade
Teóloga e ateia, professora afirma que Deus tinha uma esposa
Francesca Stavrakopoulou é ateia, mas fez doutorado de teologia na Universidade de Oxford, Inglaterra, e hoje é professora do departamento de  Teologia e  Religião na Universidade de Exeter e apresenta semanalmente uma série produzida pela BBC chamada Os Segredos Escondidos da Bíblia.
Em um episódio do programa a inglesa afirmou que Deus teria uma esposa, pois os antigos israelitas pensavam que o seu Deus Yahweh [Jeová] foi casado.
Segundo a pesquisadora, as primeiras versões da Bíblia apresentavam uma deusa da fertilidade, Aserá, como a possível companheira de Deus. Mas essa não é uma ideia nova.  Em 1967, o historiador Raphael Patai já defendia que os antigos israelitas adoraram tanto Yahweh quanto Asherah (Aserá, em português).
Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.
Stavrakopoulou não está sozinha nessa tese, o presidente Centro de Estudos Judaicos do Arizona e do Instituto Albright de Pesquisas Arqueológicas, J. Edward Wright também afirma que há várias inscrições hebraicas mencionando “Yahweh e sua Asherah”. Ele acrescenta que o nome de Asherah não foi inteiramente retirado da Bíblia por seus editores do sexo masculino.
Wright explica que ela era uma divindade importante, símbolo de fertilidade no antigo Oriente (foto), conhecida por sua força e cuidado. Afirma ainda que seu nome  por vezes foi traduzido como “árvore sagrada”. Há relatos de que essa árvore foi “cortada e queimada fora do Templo, numa atitude de certos governantes que tentavam ‘purificar’ o culto e dedicar-se à adoração de um único Deus masculino, Yahweh”.
Quem também explica essa teoria de que os judeus adoravam outros deuses e que depois passaram a adorar apenas um é Aaron Brody, diretor do Museu Bade e professor adjunto de Bíblia e Arqueologia na Pacific School of Religion. Ele diz que os antigos israelitas eram politeístas e que só uma “pequena porção” adorava apenas a um Deus. Para ele, foi o exílio de uma comunidade de elite dentro da Judeia e após destruição do Templo de Jerusalém em 586 AC que os levaram a uma “visão universal do monoteísmo restrito.”
Fonte: Gospel Prime
Com informações Pavablog

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